Morte do ‘índio do buraco’ em Rondônia marca o fim dos Tanaru

A morte do homem cimenta a extinção de uma etnia, mostrando que a política brasileira não está protegendo os povos isolados

O último indígena isolado voluntariamente da Terra Indígena Tanaru, conhecido como o “índio do buraco”, foi encontrado morto na maloca, na terça-feira (23), pelo sertanista Altair José Algayer, coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental Guaporé da Fundação Nacional do Índio (Funai), no sul de Rondônia.

O indigenista Marcelo dos Santos, que trabalhou na proteção do indígena Tanaru, disse que o sertanista Altair José Algayer fazia o monitoramento territorial quando encontrou o corpo do isolado, que aparentava ter 60 anos.

“Ele foi encontrado na rede e coberto de penas de arara. Acreditamos que o corpo, isso é só especulação, não sou legista, estava lá há uns 40 a 50 dias. Ele estava esperando a morte, não tinha sinais de violência. O Altair fazia visitas, quatro ou cinco vezes por ano. Mas é preciso investigar se houve alguma doença ou contaminação”, afirma Marcelo dos Santos.

A Frente de Proteção Etnoambiental Guaporé, ligada Coordenação-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC), monitorava o indígena Tanaru há cerca de 26 anos. “Ele era o único sobrevivente da sua comunidade, de etnia desconhecida”, disse em nota a Funai, que descartou morte por violência. (Leia mais no final do texto)

A notícia da morte do Tanaru foi divulgada neste sábado (27), às 12h15 (horário de Brasília), pela conselheira da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, Walelasoetxeige Paiter Bandeira Suruí, a Txai Suruí, em sua página da rede social no Twitter. “Mais um genocídio no Brasil. O ‘índio do buraco’, como era conhecido, símbolo de resistência, pois negou até seus últimos dias o contato com o não-indígena é encontrado morto, paramentado como se soubesse que sua morte estava próxima”, disse.

A Terra Indígena Tanaru, que tem 8.070 hectares, é classificado como restrição de uso desde 1998. O território fica entre os municípios de Chupinguaia, Corumbiara, Parecis e Pimenteiras do Oeste. Na região conhecida como Cone Sul há muitas fazendas de produção agropecuária. Por não ser demarcado, o território está sob ameaça de invasões e ataques.

A Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé é coordenada pela mãe de Txai Suruí, a ambientalista e indigenista Ivaneide Bandeira, conhecida como Neidinha Suruí. “Essa morte mostra a extinção de um povo em pleno século 21. Mostra que a política indígena não está protegendo os povos isolados. É fundamental que a Funai investigue a morte e como se deu, já que ele foi encontrado morto, usando as vestimentas tradicionais. E que mais uma vez não se faça como estão fazendo com o Ari Uru-Eu-Wau-Wau, culpar a própria vítima de conflitos na terra indígena com as invasões de madeireiros, garimpeiros e grileiros”, disse Neidinha. Ela está neste momento nos Estados Unidos divulgando o filme “Territórios” sobre luta de Ari, assassinado em 2021.

Os indígenas considerados isolados são os povos que não têm contato com a sociedade nacional, segundo a Funai, possivelmente por resultado de violentos encontros do passado e da contínua invasão e destruição de sua floresta. Na Amazônia brasileira existem, pelo menos, 100 grupos de indígenas isolados, diz a fundação, sendo que a maioria na Terra Indígena Vale do Javari, onde foram assassinatos há três meses o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips.

 

Oúltimo indígena isolado voluntariamente da Terra Indígena Tanaru, conhecido como o “índio do buraco”, foi encontrado morto na maloca, na terça-feira (23), pelo sertanista Altair José Algayer, coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental Guaporé da Fundação Nacional do Índio (Funai), no sul de Rondônia.

O indigenista Marcelo dos Santos, que trabalhou na proteção do indígena Tanaru, disse que o sertanista Altair José Algayer fazia o monitoramento territorial quando encontrou o corpo do isolado, que aparentava ter 60 anos.

“Ele foi encontrado na rede e coberto de penas de arara. Acreditamos que o corpo, isso é só especulação, não sou legista, estava lá há uns 40 a 50 dias. Ele estava esperando a morte, não tinha sinais de violência. O Altair fazia visitas, quatro ou cinco vezes por ano. Mas é preciso investigar se houve alguma doença ou contaminação”, afirma Marcelo dos Santos.

A Frente de Proteção Etnoambiental Guaporé, ligada Coordenação-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC), monitorava o indígena Tanaru há cerca de 26 anos. “Ele era o único sobrevivente da sua comunidade, de etnia desconhecida”, disse em nota a Funai, que descartou morte por violência. (Leia mais no final do texto)

A notícia da morte do Tanaru foi divulgada neste sábado (27), às 12h15 (horário de Brasília), pela conselheira da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, Walelasoetxeige Paiter Bandeira Suruí, a Txai Suruí, em sua página da rede social no Twitter. “Mais um genocídio no Brasil. O ‘índio do buraco’, como era conhecido, símbolo de resistência, pois negou até seus últimos dias o contato com o não-indígena é encontrado morto, paramentado como se soubesse que sua morte estava próxima”, disse.

A Terra Indígena Tanaru, que tem 8.070 hectares, é classificado como restrição de uso desde 1998. O território fica entre os municípios de Chupinguaia, Corumbiara, Parecis e Pimenteiras do Oeste. Na região conhecida como Cone Sul há muitas fazendas de produção agropecuária. Por não ser demarcado, o território está sob ameaça de invasões e ataques.

A Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé é coordenada pela mãe de Txai Suruí, a ambientalista e indigenista Ivaneide Bandeira, conhecida como Neidinha Suruí. “Essa morte mostra a extinção de um povo em pleno século 21. Mostra que a política indígena não está protegendo os povos isolados. É fundamental que a Funai investigue a morte e como se deu, já que ele foi encontrado morto, usando as vestimentas tradicionais. E que mais uma vez não se faça como estão fazendo com o Ari Uru-Eu-Wau-Wau, culpar a própria vítima de conflitos na terra indígena com as invasões de madeireiros, garimpeiros e grileiros”, disse Neidinha. Ela está neste momento nos Estados Unidos divulgando o filme “Territórios” sobre luta de Ari, assassinado em 2021.

Os indígenas considerados isolados são os povos que não têm contato com a sociedade nacional, segundo a Funai, possivelmente por resultado de violentos encontros do passado e da contínua invasão e destruição de sua floresta. Na Amazônia brasileira existem, pelo menos, 100 grupos de indígenas isolados, diz a fundação, sendo que a maioria na Terra Indígena Vale do Javari, onde foram assassinatos há três meses o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips.

O último indígena isolado voluntariamente da Terra Indígena Tanaru, conhecido como o “índio do buraco”, foi encontrado morto na maloca, na terça-feira (23), pelo sertanista Altair José Algayer, coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental Guaporé da Fundação Nacional do Índio (Funai), no sul de Rondônia.

O indigenista Marcelo dos Santos, que trabalhou na proteção do indígena Tanaru, disse que o sertanista Altair José Algayer fazia o monitoramento territorial quando encontrou o corpo do isolado, que aparentava ter 60 anos.

“Ele foi encontrado na rede e coberto de penas de arara. Acreditamos que o corpo, isso é só especulação, não sou legista, estava lá há uns 40 a 50 dias. Ele estava esperando a morte, não tinha sinais de violência. O Altair fazia visitas, quatro ou cinco vezes por ano. Mas é preciso investigar se houve alguma doença ou contaminação”, afirma Marcelo dos Santos.

A Frente de Proteção Etnoambiental Guaporé, ligada Coordenação-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC), monitorava o indígena Tanaru há cerca de 26 anos. “Ele era o único sobrevivente da sua comunidade, de etnia desconhecida”, disse em nota a Funai, que descartou morte por violência. (Leia mais no final do texto)

A notícia da morte do Tanaru foi divulgada neste sábado (27), às 12h15 (horário de Brasília), pela conselheira da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, Walelasoetxeige Paiter Bandeira Suruí, a Txai Suruí, em sua página da rede social no Twitter. “Mais um genocídio no Brasil. O ‘índio do buraco’, como era conhecido, símbolo de resistência, pois negou até seus últimos dias o contato com o não-indígena é encontrado morto, paramentado como se soubesse que sua morte estava próxima”, disse.

A Terra Indígena Tanaru, que tem 8.070 hectares, é classificado como restrição de uso desde 1998. O território fica entre os municípios de Chupinguaia, Corumbiara, Parecis e Pimenteiras do Oeste. Na região conhecida como Cone Sul há muitas fazendas de produção agropecuária. Por não ser demarcado, o território está sob ameaça de invasões e ataques.

A Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé é coordenada pela mãe de Txai Suruí, a ambientalista e indigenista Ivaneide Bandeira, conhecida como Neidinha Suruí. “Essa morte mostra a extinção de um povo em pleno século 21. Mostra que a política indígena não está protegendo os povos isolados. É fundamental que a Funai investigue a morte e como se deu, já que ele foi encontrado morto, usando as vestimentas tradicionais. E que mais uma vez não se faça como estão fazendo com o Ari Uru-Eu-Wau-Wau, culpar a própria vítima de conflitos na terra indígena com as invasões de madeireiros, garimpeiros e grileiros”, disse Neidinha. Ela está neste momento nos Estados Unidos divulgando o filme “Territórios” sobre luta de Ari, assassinado em 2021.

Os indígenas considerados isolados são os povos que não têm contato com a sociedade nacional, segundo a Funai, possivelmente por resultado de violentos encontros do passado e da contínua invasão e destruição de sua floresta. Na Amazônia brasileira existem, pelo menos, 100 grupos de indígenas isolados, diz a fundação, sendo que a maioria na Terra Indígena Vale do Javari, onde foram assassinatos há três meses o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips.

 

Oúltimo indígena isolado voluntariamente da Terra Indígena Tanaru, conhecido como o “índio do buraco”, foi encontrado morto na maloca, na terça-feira (23), pelo sertanista Altair José Algayer, coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental Guaporé da Fundação Nacional do Índio (Funai), no sul de Rondônia.

O indigenista Marcelo dos Santos, que trabalhou na proteção do indígena Tanaru, disse que o sertanista Altair José Algayer fazia o monitoramento territorial quando encontrou o corpo do isolado, que aparentava ter 60 anos.

“Ele foi encontrado na rede e coberto de penas de arara. Acreditamos que o corpo, isso é só especulação, não sou legista, estava lá há uns 40 a 50 dias. Ele estava esperando a morte, não tinha sinais de violência. O Altair fazia visitas, quatro ou cinco vezes por ano. Mas é preciso investigar se houve alguma doença ou contaminação”, afirma Marcelo dos Santos.

A Frente de Proteção Etnoambiental Guaporé, ligada Coordenação-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC), monitorava o indígena Tanaru há cerca de 26 anos. “Ele era o único sobrevivente da sua comunidade, de etnia desconhecida”, disse em nota a Funai, que descartou morte por violência. (Leia mais no final do texto)

A notícia da morte do Tanaru foi divulgada neste sábado (27), às 12h15 (horário de Brasília), pela conselheira da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, Walelasoetxeige Paiter Bandeira Suruí, a Txai Suruí, em sua página da rede social no Twitter. “Mais um genocídio no Brasil. O ‘índio do buraco’, como era conhecido, símbolo de resistência, pois negou até seus últimos dias o contato com o não-indígena é encontrado morto, paramentado como se soubesse que sua morte estava próxima”, disse.

A Terra Indígena Tanaru, que tem 8.070 hectares, é classificado como restrição de uso desde 1998. O território fica entre os municípios de Chupinguaia, Corumbiara, Parecis e Pimenteiras do Oeste. Na região conhecida como Cone Sul há muitas fazendas de produção agropecuária. Por não ser demarcado, o território está sob ameaça de invasões e ataques.

A Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé é coordenada pela mãe de Txai Suruí, a ambientalista e indigenista Ivaneide Bandeira, conhecida como Neidinha Suruí. “Essa morte mostra a extinção de um povo em pleno século 21. Mostra que a política indígena não está protegendo os povos isolados. É fundamental que a Funai investigue a morte e como se deu, já que ele foi encontrado morto, usando as vestimentas tradicionais. E que mais uma vez não se faça como estão fazendo com o Ari Uru-Eu-Wau-Wau, culpar a própria vítima de conflitos na terra indígena com as invasões de madeireiros, garimpeiros e grileiros”, disse Neidinha. Ela está neste momento nos Estados Unidos divulgando o filme “Territórios” sobre luta de Ari, assassinado em 2021.

Os indígenas considerados isolados são os povos que não têm contato com a sociedade nacional, segundo a Funai, possivelmente por resultado de violentos encontros do passado e da contínua invasão e destruição de sua floresta. Na Amazônia brasileira existem, pelo menos, 100 grupos de indígenas isolados, diz a fundação, sendo que a maioria na Terra Indígena Vale do Javari, onde foram assassinatos há três meses o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips.

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